Como se unir sem infringir a Lei de Defesa da Concorrência
A gestão de negócios é complexa e cheia de desafios. No entanto, é fundamental que os empresários, MEIs e prestadores de serviço do Simples Nacional compreendam que a união não é sinônimo de cartel. É preciso encontrar formas éticas e legais de se unir e fortalecer a profissão sem comprometer a livre concorrência.
A Linha Técnica entre União e Infração
No passado, contadores se reuniam para evitar a guerra de preços, assinando promissórias como garantia. Hoje, essa prática pode ser considerada cartel e traz consequências severas. É fundamental entender que a união entre contadores deve se dar em torno do conhecimento técnico, educação empresarial e parcerias éticas, e não por meio de acordos que limitem a concorrência.
Como se Unir sem Infringir a Lei
Existem formas de se unir sem infringir a Lei de Defesa da Concorrência. A chave está em:
* Aprofundar o conhecimento sobre precificação: saber calcular corretamente o preço de um serviço é o primeiro passo para não sair no prejuíze nem cobrar valores abusivos.
* Trocar experiências sobre gestão e operação: em vez de combinar preços, empresários contábeis podem trocar práticas sobre organização interna, atendimento, produtividade e uso de ferramentas tecnológicas.
* Capacitação contínua: promover eventos, fóruns e grupos de estudo sobre temas como precificação, marketing de serviços e legislação tributária é uma forma eficaz de elevar o padrão técnico da classe sem violar a livre concorrência.
O Poder de Saber “Vender o Seu Peixe”
Outro ponto essencial é a capacidade de mostrar o valor do seu serviço. Não basta apenas informar o preço ao cliente — é preciso demonstrar o que está por trás dele: complexidade das obrigações fiscais, riscos jurídicos, atenção às mudanças legais, planejamento tributário, entre outros. Valor é aquilo que o cliente percebe e deseja levar consigo — e quanto maior essa percepção, maior será sua disposição em pagar melhor.
União, Sim. Cartel, Não!
A história narrada no início deste artigo é fascinante por mostrar como a dor comum — a desvalorização do serviço contábil — pode levar os profissionais a buscar soluções coletivas. No entanto, é imprescindível conhecer os limites legais e éticos dessa união.
Conclusão
A saída não está em tabelar honorários ou criar regras restritivas, mas sim em formar parcerias inteligentes, promover educação continuada e atuar com transparência e técnica. Dessa forma, o contador se valoriza, o cliente percebe o valor do serviço, e o mercado como um todo se fortalece.
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