O mercado de trabalho atual é marcado por uma série de desafios e obstáculos que dificultam a inserção e promoção de profissionais de diferentes idades. Um estudo realizado pela Stato Intoo, em parceria com a Universidade Presbiteriana Mackenzie, revelou que o etarismo, ou as atitudes etaristas, persistem como um obstáculo significativo para a promoção da diversidade etária nas empresas brasileiras.
De acordo com o estudo, profissionais com mais de 50 anos sofrem com uma série de estereótipos, alguns bastante negativos, que dificultam suas chances de recolocação profissional, promoções ou estabilidade nas companhias. O estudo revelou que 70% dos entrevistados, pessoas do gênero masculino, com mais de 40 anos, ensino superior completo, que ocupam cargos de gerência em organizações do setor de serviços na iniciativa privada, concordam que trabalhadores mais velhos recebem menos oportunidades de promoção e, frequentemente, são pressionados a se aposentar quando ocupam cargos de gerência a fim de que abram espaço para pessoas mais jovens.
Este cenário é ainda mais preocupante se considerarmos o crescente envelhecimento da população, com 15,6% de brasileiros já acima dos 60 anos. No entanto, as empresas ainda relutam em integrar esses profissionais, limitando-se a estereótipos e preconceitos relacionados à idade das pessoas.
Um dos estereótipos mais comuns é a ideia de que profissionais mais velhos têm dificuldade de adaptação às novas tecnologias, limitando o aproveitamento da experiência que eles poderiam compartilhar com a equipe. Para Candice Fernandes, diretora da Stato Intoo e membro do pilar sênior do comitê de diversidade da Gi Group Holding, é necessária uma mudança cultural nas organizações, em que os gestores valorizem o profissional sênior como um ativo, por sua vivência e também por sua capacidade de motivar e ensinar os mais jovens.
No entanto, é importante ressaltar que o etarismo não afeta apenas os profissionais acima dos 50 anos. Os profissionais com menos de 25 anos também enfrentam estigmas e preconceitos que podem impedir seu desenvolvimento profissional. Profissionais acima dos 50 anos são frequentemente vistos como mais lentos e resistentes ao aprendizado de novas tecnologias e à adaptação em geral, enquanto os profissionais com menos de 25 anos carregam a imagem de serem imaturos, inexperientes, impacientes e inconstantes.
Para enfrentar o etarismo e promover um ambiente verdadeiramente inclusivo, é fundamental que as organizações incentivem líderes que valorizem tanto os profissionais 50+ quanto os 25- e que sejam capazes de enxergar o valor único que cada geração oferece. A solução para o etarismo passa pela criação de espaços onde diferentes gerações possam trocar conhecimentos e experiências, construindo juntos um ambiente de trabalho mais diverso e equilibrado, onde a troca intergeracional se torne um diferencial que impulsione o crescimento de todos.
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Fonte do conteúdo: Gi Group Holding